quinta-feira, 7 de novembro de 2013

E aí como está tudo na Dinamarca? Está tudo certo com o trabalho? E o choque cultural?

Como eu não tenho postado aqui, e hoje recebi um e-mail do pessoal da AIESEC lá de Belo Horizonte perguntando como estão o intercâmbio e as coisas, vou colar minha resposta aqui e fica como um post :)

Oi Leone, tudo bem? E aí como está tudo na Dinamarca.
Está tudo certo com o trabalho? Como você está lidando com o choque cultural? Teve algum fato inusitado que aconteceu com você? Já se acostumou com a comida?



E minha resposta..

Hey! Tudo supimpa por aqui :)
Tá tudo de boa. O trabalho está tá super tranquilo, e a questão da comida eu nem tive problemas pra me adaptar.. A casa que tô morando é mara, pago preco super barato, é tudo mobiliado e tenho uma vista linda. Quanto à língua... tô aprendendo dinamarquês e é super difícil. rsrsrs Mas todo mundo fala inglês. Aí o problema acaba sendo os milhoes de sotaques diferentes de ingles que tem por aqui, já que não sao nativos. O pior de tudo é que justo no trampo, as pessoas mais importantes tem os sotaques mais difíceis. E como falam só dinamarquês entre si o dia inteiro, dificulta pra eu entender o inglês deles e eu acabo me isolando um pouco, evitando puxar conversa. Mas tá de boas, o lance de falarem dinamarquês entre si vai acabar sendo vantajoso pra mim no fim das contas, pq por estar escutando a língua o dia inteiro possivelmente a aprenderei mais rápido. =)

Vi ses! hej hej ;)



Agora só aproveitando que tô atualizando aqui.. eu criei uma página no Facebook pra postar sobre meus vídeos e histórias pedindo carona pelo mundo a fora, consequentemente postarei os vídeos que já fiz pedindo carona pela Dinamarca e os próximos vídeos que farei também. Se quiser curtir, fica o link: Hitchhiking Leo Carona, histórias de um leo caroneiro


Té a próxima peoples! o/

sábado, 19 de outubro de 2013

Meu antes... e meu depois (que é a presente vida na Dinamarca)

"Oi, só queria dizer que ontem passei tanto tempo lendo seu blog (incrível por sinal, parabéns) e vendo seus vídeos que sonhei que tava numa trip com você uehuehue é isso"

Então eu começo o post de hoje com essa mensagem que recebi agora há pouco. Ela que me motivou a atualizar aqui depois de tanto tempo sem postar nada.

Já passaram dois meses e uns 20 dias que estou aqui na Dinamarca, me acostumando com todas as coisas e sotaques de inglês. Agora que estamos chegando no final de outubro, o dia já está ficando escuro por volta das 19 horas, e a temperatura todos os dias tem sido basicamente entre 6 a 14 graus celcius. Mas tenho um aplicativo no celular que as vezes me diz que a sensação térmica é de 4 graus. Estamos cada vez mais perto dos dias em que teremos apenas 6 horas de claridade por dia, e temperaturas a baixo de zero, com neve diariamente e tudo mais. (Uma amiga que mora há poucos quilômetros daqui, na Noruega, me disse que por lá começou a nevar já ontem, pela noite - sendo que geralmente a neve começa a cair em dezembro)

É fato que eu tenho andado de bicicleta pra cima e pra baixo. Aliás, minto. Aqui não tem "cima" e "baixo", tudo é plano, reto. Foi super de boa me acostumar. Eu andava muito de bicicleta quando criança lá no interior das minhas Montanhosas Gerais (Minas), então aqui o que eu tive que aprender a fazer foi basicamente parar no semáforo vermelho (mesmo se não tiver ninguém e nenhum carro na rua, se vc não para a multa pode ser altíssima - se a polícia te vir) e sinalizar esticando o braço toda vez que eu for parar, dobrar à direita ou dobrar à esquerda. E claro, também tive que aprender a não correr muito quando estou bêbado, pra evitar de estourar os pneus da bicicleta outra vez, já que a maioria das bicicletas aqui (assim como a minha) não são mountain bikes que aguentam tudo que é pulo e batida (como eu estava acostumado). 

Falando em beber, eu tenho bebido muito mais que no Brasil (acho). Tenho me adaptado bem à cultura de sair nos finais de semana para as baladas (que a gente não paga pra entrar), dançar (coisa que antes nunca gostei muito de fazer) e socializar. Sim, socializar. Não falo por mim somente, porque eu já sou super socializável por mim mesmo. Mas é que os dinamarqueses começam a puxar conversa com a gente depois que estão bêbados. No meu caso, pelo menos, já até me pagaram algumas bebidas umas vezes. E isso nos bares comuns (não necessariamente gays). E também costumam vir até mim pra me dizer que eu pareço com o Frodo. Até no meu trampo começaram a me chamar de Frodo agora.

Falando no meu trampo, até hoje não falei que sou gay. E essa semana meus colegas me disseram que começarão a serem mais "mean to me". Eu não sabia o que isso significava, mas o Google me explicou que eles agora vão começar a fazer piadas comigo e sobre mim. E complementaram dizendo que a partir de agora eles começarão a ser mais "normais" (no jeito deles) comigo. Na última empresa que trabalhei no Brasil vivíamos fazendo piadas uns sobre os outros também. Eu acho que agora, eles começando a fazer isso aqui, eu poderei começar a me sentir mais à vontade também. Afinal, até hoje só tenho ficado cada vez mais calado e me isolando, ou seguindo o fluxo natural de me deixar isolar deles. 

Digo fluxo natural porque na empresa meus colegas de trabalho falam dinamarquês entre si. Até mesmo quando a gente sai às vezes pra almoçar em algum restaurante (chefe paga). Depois ainda me perguntam  porquê estou tão calado, como se eu tivesse alguma opção de participar da conversa ou de começar uma nova conversa sendo que o risco de eu estar sendo inconveniente mudando pra um assunto totalmente nada a ver é altíssimo. 

Mas é, eu acredito que as piadas vão ajudar a interagirmos mais uns com os outros, e essa interação também vai me ajudar a aprender a entender o sotaque de alguns dos meus colegas também (meu vocabulário é meio limitado em inglês, e o sotaque de alguns de algumas pessoas as vezes dificultam ainda mais pra eu entender). E apesar de que a Dinamarca é dos países mais cabeça aberta do mundo, eu ando pensando em não dizer que sou gay por agora. Não por agora porque frequentemente eles me fazem perguntas sobre minha vida pessoal (querem saber o que tenho feito nos finais de semana, etc) ao mesmo tempo que eles mesmos nunca falam muito das vidas deles. Não há reciprocidade. Mas por EU ser o novato em meio à toda a diferença cultural e tudo mais, isso é super entendível. Por isso, acho que vou é seguir o conselho da minha irmã e não me expor muito pra eles (ela provavelmente se referia à falar sobre minha sexualidade, quando me aconselhou isso). Dessa forma eu evito ter que possivelmente ficar respondendo sobre minha vida amorosa e sexual também (se tenho conhecido caras, etc e tal).

E aí, bagunçando um pouco o contexto e voltando na parte da barreira linguística, eu também andei pensando sobre a questão de aprender dinamarquês. Quando cheguei aqui eu tava super empolgado com isso. Mas agora, já estou mais devagar. Não tenho estudado em casa nas últimas semanas (e pra aprender uma língua - sobretudo dinamarquês - a gente tem que estudar sozinho com certeza). De fato não é viver aqui que estimula alguém a aprender a língua, já que todo mundo fala inglês e a língua é tão esquisita e sem padrões. 

Eu tenho focado em melhorar meu inglês. E... adivinha. Além da questão de estar dançando quase todo final de semana, eu também adquiri outro novo hábito: ver filmes! Nunca fui de gostar de ficar vendo filmes. E na verdade eu sou péssimo pra acompanhar legendas (a maioria das vezes não consigo). Mas nas duas últimas semanas eu tenho assistido filmes todos os dias. Geralmente filmes em inglês e com legenda em inglês. Tenho assistido pelo Netflix (minha outra irmã tem um login, e me deixa usá-lo), e assim passado várias horas dos meus dias depois do trabalho. É como se eu estivesse compensando por toda a minha vida que não assisti filmes. MAS, claro, tenho dado preferência em assistir os filmes de temática LGBT. Aliás, isso sempre ajuda a gente (que pertence a qualquer outra orientação não-hetero) a ter mais referências e histórias mais a ver com a gente. Porque as bagaças das TVs (no Brasil, até quando eu tava lá) o máximo que faz é mostrar que eu sou afeminado por ser gay, e que eu estou sofrendo por um amor platônico por algum cara masculino e hetero, ou que não é hetero e até vai ficar comigo, mas nunca vai sequer beijar (enquanto os casais heteros já fazem quase que sexo explícito na TV) porque "tem gente que se choca" se ver esse tipo de coisa na TV.

Ainda falando da TV brasileira, eu participei lá de protestos no meio de São Paulo em julho, antes de vir pra cá. E esses protestos continuam até hoje. No meu dia-a-dia aqui eu tenho acompanhado mais noticiários do quê eu acompanhava lá. E procuro ver o que o pessoal publica no Facebook também (tenho ótimos amigos engajados na causa), pra saber o que realmente tá acontecendo (pra não me deixar levar pela mídia mentindo ou enfatizando as coisas menos significantes). Mas aqui as coisas são tão iguais pra todo mundo; corrupção parece não existir; e pessoas que roubam (fora roubo de bicicleta, que parece que nem consideram) basicamente não existem; a ponto de todo mundo confiar muito uns nos outros e deixar pertences em lugares fora de seus campos de vista sem terem medo de serem roubados (que eu fico impressionado com essa falta de medo). Aliás, já andei lendo que essa falta de medo (ou "confiança") que as pessoas têm umas nas outras aqui é um dos principais motivos pelos quais as pessoas que vivem aqui no país são consideradas "as mais felizes do mundo".

Mas é. Agora já virou 1 hora da madrugada por aqui. Já assisti dois filmes hoje e estou terminando minha terceira latinha de cerveja, depois de ter decidido dar uma atualizada aqui no blog.

É muito engraçado como minha vida virou um "antes" (vide mensagem do começo do texto) e um "depois" (a vida sem conhecer ninguém, sem ninguém me conhecer, e sem conseguir ser tão socializável como eu costumava ser, por causa de dificuldades linguísticas). Mas bora lá. Vou tentar dormir porque daqui umas 8 horas estarei acordando (na manhã de sábado) pra ir visitar um castelo com o pessoal da AIESEC (convites ganhos pela "Comunidade" como boas vindas à cidade). Eu sei que esse post poderia ter sido escrito menos embolado, mas o importante é que escrevi algo, né?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Entrevistado por uma revista de viajantes na América do Sul

Dei entrevista pra uma revista de viajantes/caroneiros lá da América do Sul. Clica aí na imagem pra ler (é só clicar em "Português" pra ler).


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Como ir pra Copenhague pedindo carona, saindo de Odense, Dinamarca

De novo fui pra Copenhague pedindo carona sexta passada :) O segundo fds consecutivo que fui pra lá de dedão. Tem legenda em português no vídeo.
É tipo um tutorial pra quem quiser pedir carona daqui de Odense pra lá, qual bus pegar, onde descer do busão e onde pedir carona.


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pedindo carona pelas estradas da Dinamarca pela primeira vez, pegando trem sem pagar e ganhando prêmio de maior looser no campeonato de caroneiros em Copenhague

Esse fds estive em Copenhague para um campeonato de caroneiros. Fui e voltei de lá pedindo carona, mas durante o campeonato me saí tão mal que ganhei um prêmio por ter conseguido a proeza de não conseguir pegar sequer uma carona. Então hoje vou contar um pouco sobre isso, o tanto que caminhei em Copenhague, peguei metrô sem pagar, acampei com os caroneiros que participaram do evento (maioria gringo de outros países europeus) e tive uma experiência que (finalmente) me fez sentir dinamarquês como uma língua necessária.



Primeiro dia: caronando de Odense até Copenhague


Começando por sexta-feira, que saí de Odense pedindo carona com a Klaudia, uma polaca que havia publicado no grupo local do CouchSurfing que queria uma companhia pra ir pra Copenhague (capital aqui da Dinamarca) pedindo carona. Não nos conhecíamos ainda, e nos encontramos na "estátua estranha", no centro da cidade. Decidimos pegar o ônibus até a saída da cidade. Haviam me indicado ir pra lá e pedir carona na estrada de acesso à rodovia nacional, pq pedir carona na rodovia nacional é proibido. Só que nem me lembrei disso, e fomos caminhando pedir carona na tal rodovia. hahah

Povo passava a mil por hora, cheguei a pensar que seria foda de conseguir carona. Mas deu certo, 10min depois e um carro com dois homens parou. Ambos falavam inglês. Nos levaram até Slagelse (só sei que se escreve assim pq pedi pra soletrarem pra eu anotar hahah), e ficamos numa rotatória na entrada da cidade pedindo carona.


Pedindo carona na ilha Zealand, na cidade de Slagels, Dinamarca.


Tava meio difícil conseguir carona aí, até pq basicamente não tinha onde o povo parar. Eu tava querendo caminhar pra rodovia mas a polaca não queria, por medo da polícia passar e tomarmos multa (multa de 750 coroas dinamarquesas, o que atualmente dá cerca de 320 reais - 3 vezes o preço a passagem de trem nesse trajeto de Odense até Copenhague). Uns 50min depois pegamos uma carona com uma alemã que vive aqui na Dinamarca há algumas décadas. Ela nos levou nos últimos 90km que faltava pra chegarmos a Copenhague.


165km percorridos pedindo carona nessa minha primeira vez de dedão na Europa. De Odense para Copenhague, Dinamarca. Veja mapa completo.







Segundo dia: pegando trem sem pagar, roubando maçãs e ganhando prêmio no campeonato.. por ser o mais looser


No segundo dia, sábado, era dia do campeonato de caroneiros. Massa demais isso, né? Eu e outros caroneiros no Brasil vínhamos especulando de fazer um campeonato de carona no Brasil há anos, mas nunca conseguimos organizar isso já que era impossível ter um feriado nacional grande o suficiente pra que todos os caroneiros (do norte, do sul, do leste e do oeste) conseguissem chegar numa cidade em comum caronando. Quando vi (antes mesmo de vir pra cá) que aqui na Dinamarca ia rolar um campeonato desses, fiquei super empolgado e já confirmei minha presença naquele dia mesmo. Hoje eu já me dei conta de que pra algo assim funcionar no Brasil, a galera tem que fazer por estado ou no máximo por região, por conta do país ser tão gigante. Assim, a galera do sul fica mais de boa pra participar de um campeonato no sul, por exemplo. E aqueles do sul que quiserem se aventurar num campeonato que for rolar no norte, pode se virar até com avião - caso não tenha tempo mas tenha grana pra isso. hahahah Mas enfim, vamos voltar ao assunto, né? :P


Rota do Campeonato de caronas. Na verdade o ponto de saída era Copenhague, daí tínhamos que descer caronando pro ponto A, depois voltar subindo e seguir pro B, C e finalmente nos encontrarmos no D pra acamparmos. Veja mapa completo.

De sábado pra sexta eu dormi na casa do organizador do evento. Eu fui pra Copenhague mesmo sem ter um lugar pra me hospedar. Só que antes de sair de casa eu havia postado na página do evento que eu tava sem hospedagem e deixei meu celular, aí o organizador do grupo foi um dos que quiseram me abrigar mesmo assim de última hora, e me enviaram SMS enquanto eu tava na estrada. Cheguei a Copenhague e cruzei uns 4km caminhando pela região central pra chegar no parque onde ia encontrar o cara que ia me hospedar (claro que eu podia ter pego ônibus, só não quis pq ia gastar dinheiro e pq ia só servir pra eu perder essa primeira oportunidade de conhecer algumas ruas da cidade). E lógico, eu tava achando tudo bem diferente. Parques gigantes e lindíssimos com várias pessoas fazendo picnic, e quase tudo as casas parecem castelos. huashaushasuh

Na manhã de sábado, então, nos encontramos todos que iríamos participar do evento. Debaixo de chuva, no centro da cidade. Ao contrário do que eu acho que aconteceria num evento desses na América do Sul, metade dos participantes eram mulheres. Escrevemos números em papeiszinhos e cada um pegou um papelzinho pra descobrir quem seria sua dupla. Foi assim que eu separei a turca Dora de sua amiga (também turca), que queriam pegar estrada juntas. hahah

[só um break aqui pra eu contar uma coisa hilária..] Ainda quando estávamos aí no centro, vem de lá um taiuanês correndo pra falar comigo.

- Hey! Are you the guy of the movie?

Eu:

- What? Which movie?

Ele:

- That one of the rings..

Sim, dessa vez não tinham se aproximado de mim pra dizerem que eu pareço com o Frodo mas estavam achando MESMO que eu era o próprio ator do filme. kkkkkkk Infelizmente eu respondi que não. E digo infelizmente porque depois eu fiquei me perguntando qual seria a continuação da história se eu tivesse dito que sim, que eu era o próprio Elijah Wood usando lentes castanhas nos olhos. rs [/fim do break pra historinha]




Todo mundo saiu de dentro do centro da cidade pegando carona, só eu e minha parceira e mais outra dupla é que pegamos trem pra saída da cidade. Fiz isso pq Dora já tinha pego carona num ponto específico, então acreditamos que daria certo e fomos pedir carona no mesmo lugar que ela tinha pedido da outra vez [pra quem for mais curioso veja aqui o ponto onde estavamos pedindo carona, bem aí nessa placa que aparece]. Mas foi um fracasso. Ficamos lá horas pedindo carona, e só a outra dupla que conseguiu. Eu e Dora caminhamos pela beira da pista onde era proibido caminhar, pedimos carona onde é proibido, pedimos carona também onde é permitido, e em nenhum desses lugares, durante umas 3 ou 4 horas, ninguém parou pra dar carona. Até que ali, na beira da estrada, a gente resolveu desistir e voltar pra Copenhague.

No caminho tinha um pé de maçãs, e acho que foi a primeira vez que eu vi um pé de maçã na minha vida. Roubei um bocado delas, pq estavam ótimas. hahah


Notícia nos jornais "Brasileiro é preso na Europa por roubar maçãs em macieira dosotro.", "Nego sai do Brasil mas o Brasil não sai dele."


Decidimos pegar o metrô de volta pra Copenhague sem pagar, correndo risco de algum fiscal vir pedir nosso bilhete e a gente tomar uma multa alta por não ter um. Mas não deu nada. Reencontramos com a outra dupla que havia pego estrada junto com a gente. Elas haviam decidido voltar pra Copenhague invés de passar pela primeira cidade-destino do campeonato, já que apesar delas terem conseguido uma carona (e a gente não), a situação também não tava assim tão fácil nem pra elas. rsrs Mas daí elas tavam voltando pq ia pegar caminho direto pra segunda cidade-destino do campeonato.

Aí, ao nos reencontrarmos com a outra dupla, eu e Dora decidimos trocar de dupla e mudar o plano de desistir totalmente de caronar naquele dia. Assim Dora se juntou com sua amiga, como esperava que fosse no início, e eu me juntei com uma peruana. Daí pra frente mudou o idioma de inglês pra espanhol, já que por eu falar espanhol ela queria aproveitar pra poder falar sua própria língua. hahah

Pero, con la chica de Peru fue igual, un fracaso. Também não conseguíamos carona nós dois juntos. Na verdade nem tentamos muito, pq todo lugar tinha essas placas de proibido parar [é uma placa azul com um X vermelho no meio, eu não tenho tanta certeza que era placa de proibição de parar, mas foi o que outros estrangeiros me disseram]. Acabei sugerindo pra gente ir pra praia, enquanto minha nova parceira ficava tentando me convencer a pegar um trem e irmos pra próxima cidade-destino, e de lá tentarmos carona. Mas nah, eu já tava morto de caminhar, de pegar chuva e ninguém parar. Preferi ficarmos na beira da praia descansando, vendo as crianças e adultos dinamarqueses felizes nadando naquela água fria enquanto a gente tremia de frio só com o vento.


Um dos lugares à beira da praia onde paramos pra descansar enquanto caminhávamos vários quilômetros pelo litoral leste da ilha de Zealand, rumo ao local do camping.


Deu a noite, e fomos caminhar pro acampamento. Aí que demos conta que estávamos simplesmente a uns 4 km de lá. Bora caminhar mais, né? 50minutos depois estávamos nós chegando no local de encontro. E coincidentemente AO MESMO TEMPO dois carros estavam parando na beira da rua e deixando duas duplas. Uns 5 minutos depois outro carro parando e deixando outra dupla. E assim estávamos lá, basicamente todos empolgados se divertindo e contando suas aventuras. E claro, rindo da minha cara que não fui capaz de conseguir nem uma carona. Porque até a Dora depois conseguiu umas caronas com sua amiga.

O local do camping era gratuito e já tinha toda uma infraestrutura preparada pra camping [clica aqui pra ver a entrada do camping, apesar de que não dá pra ver muita coisa na verdade]. Com banheiro, lugar pra fogueira e até uns abrigos. A gente se enfiou nos abrigos com nossos sacos de dormir. Os abrigos tinham chão de madeira (graças a Jah, se não eu ia congelar né). Mas antes, acendemos uma fogueira e ficamos lá até altas horas da madrugada fazendo piadas e conversando. Cada um com seu nível de inglês, desde nível fluente até nível desses que se embolam em cada duas palavras que falam. E tinha eu, que nem sempre entendia o que tinham dito mas ria fingindo que tava entendendo tudo. huashuahs

Aqueles que conseguiram: passar por todas as cidades do campeonato, tirar fotos em todos os pontos combinados e chegar primeiro no ponto final combinado, ganharam uns prêmios (simbólicos apenas, como caneta pra poder fazer placa pra pedir carona e não lembro mais o quê). E também decidiram que eu merecia um prêmio por eu ter sido tão looser que não consegui nem ao menos uma carona. haushuahs Ganhei um pacotim de biscoito. :-D





Dia de voltar pra casa: carona num caminhão vindo da Suécia e a primeira vez que achei utilidade em saber falar dinamarquês


Domingo e terceiro dia: acordamos e ficamos lá conversando durante umas boas horas durante a manhã no acampamento.

Local do camping, na manhã de domingo.

Manhã de domingo. O abrigo onde dormimos é esse aí, e o teto é grama olha que massa :) Aquele grupo lá no fundo é uma parte dos que participaram do campeonato.


Alguns já começaram a ir embora. Mas nós que ficamos ainda fomos pra um restaurante na beira da praia, pq umas meninas queriam tomar uma café. Uma italiana e os únicos dois dinamarqueses que estavam no campeonato ainda se jogaram no mar. Eu como ia ter que caronar o dia inteiro nem quis arriscar entrar naquela água gelada. Não por estar gelada exatamente, mas porque eu ia ficar todo pregando de sal durante todo o dia caronando pra voltar pra Odense.

O caminho do camping até o centro de Copenhague eu mas três pessoas resolvemos voltar pedindo carona. Nos separamos em duas duplas, mas aí eu e minha dupla conseguimos uma carona num carro vazio, e convencemos o motorista a pegar a outra dupla que tinha seguido caminhando pela rua pra pedir carona quando achassem algum outro lugar que não tivesse placa proibindo os carros de pararem. Assim fomos os quatro até algum ponto dentro de Copenhague.

Umas duas horas depois eu tava no centro de Copenhague encontrando novamente a Klaudia pra voltarmos pra Odense. Eram umas 4:30 da tarde, e pra sacanear a gente tava rolando algum tipo de competição de corrida dentro nas ruas do centro da cidade. Foi uma luta a gente conseguir descobrir um jeito de chegar no lugar que tínhamos que ir pra pedir carona, já que toda rua que a gente pegava orientados pelo GPS a gente dava de cara com alguma rua fechada pro campeonato. No fim, chegamos no ponto que queríamos, que era dentro da cidade mesmo, mas que dava pros carros pararem.

Ficamos ali talvez 1 hora e ninguém parava. Até que resolvi sentar no canto da rua e deixar só a Klaudia pedindo carona pra ver se ajudava. Pouco tempo chega um cara olhando pra mim e pra ela, e grita pra ela perguntando se ela tava sozinha. Ele tava com crianças, provavelmente ia dar carona mas só tinha um lugar, aí não rolou. Mas então ela continuou lá, e finalmente uns 10min depois um carro parou pra levar-nos.

Era um carrão, o cara também com duas crianças no carro. Aqui na Dinamarca tenho notado que os pais são muito mais presentes na vida das suas crianças do quê no Brasil. Aqui é super comum ver só o pai com seu(s) filho(s) passeando por algum lugar, fazendo alguma coisa.

O cara nos deixou uns 30km de Copenhague, também numa estrada onde não era proibido pedir carona porque era dessas que dão acesso à rodovia. Eu e Klaudia tínhamos acabado de comentar como seria legal conseguir carona em um caminhão na Dinamarca, e nos separamos - ela ficando na rodovia pedindo carona e eu na estrada de acesso. Nem 10 minutos e pararam pra ela na rodovia. ERA UM CAMINHÃO! :D

Um caminhoneiro sueco, que falava muuuito pouco inglês. Aí foi a primeiríssima vez, nessas 3 semanas que estou na Dinamarca, que eu senti falta de não saber falar sequer uma palavra de dinamarquês. Digo isso porque eu queria muito poder conversar com o caminhoneiro, saber um pouco mais da vida dele que viaja sempre pelos países da europa pra levar coisas entre as cidade, e dinamarquês é muito parecido com suéco então daria pra misturar dinamarquês com inglês pra gente poder se comunicar melhor. Terminei mais motivado em aprender dinamarquês pelo menos, já que não tem como ser muito motivado nem morando aqui porque todo mundo - mesmo se você tentar falar dinamarquês com eles - te responde em inglês. E pra falar a verdade, essa foi a única carona que me deixou feliz de fato em todas essas caronas que peguei desde sexta. Porque sei lá, o caminhoneiro me parecia mais legal e mais aberto pra conversamos uns sobre os outros - ou vai ver era só eu que tinha me empolgado mais com ele do quê com os outros motoristas "comuns" mesmo..


Eu, Klaudia e o caminhoneiro. Brasileiro, polaca e suéco - na Dinamarca. rsrs


O louco do caminhoneiro entrou alguns quilômetros pra dentro de Odense só pra deixar a gente num ponto de ônibus, e aí virou seu caminhão super na loucura dando um 360 no meio de uma rua só pra poder voltar e pegar a rodovia de novo. kkkkk

Valeu muito ele ter levado a gente até ali, mas deixar no ponto de ônibus não foi exatamente útil, pq a gente foi caminhando e caronando até conseguir uma carona uns 5 minutos depois com um cara que nos trouxe até o centro da cidade (tipo do lado da minha casa).


[logo quando eu tiver tempo eu edito os vídeos e coloco legenda pro cês. se alguém aí quiser colaborar com traduções desse texto aqui ou mesmo traduzindo o vídeo, eu e um monte de gente agradesceriamos imensamente ^^ coloco os devidos créditos a vc como tradutor.]

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Uma foto do lugar por onde eu passarei diariamente no próximo um ano e meio

Uma foto no centrão de Odense City: a "estátua esquisita" e a estação de trem, que leva pra Copenhague, pra outras partes do país e até pra Alemanha.

Esse acho que é o ponto principal da cidade, e um dos principais pontos de encontro. É sempre "a gente se encontra na estátua esquisita às x horas".

E eu passo aí todos os dias, seja na vida rotineira ou não. E assim deverá ser até fevereiro de 2015.

Street View e mais fotos da rua e da estátua: http://goo.gl/maps/rkW7r 




=== atualizando em 11/08 ===

Aqui mais uma foto de outro lugar por onde eu passo diariamente. É pertinho da estátua esquisita.






Com mais detalhe no Street View (aproveita e caminha um pouco pra frente pro cês verem que lugar lindo): http://goo.gl/maps/8gIE9

E tem vários patinhos filhotinhos e adultos ali no lago, só não dá pra ver na foto mas é uma fofura. rsrs
 

Meu primeiro "encontro" com um dinamarquês... só pra tentar fazer amizades

Um cara tinha falado comigo numa rede social dinamarquesa semana passada. Aí no fds fui numa balada gay que acontece aqui 1 vez por mês. Hoje ele mandou uma mensagem:

- Hey, eu te vi na festa ontem. Acenei pra vc e esbarrei várias vezes tentando puxar conversa. Como você me ignorou, pensei que você não estivesse interessado.

(claro que ele falou isso em inglês rsrs)
Eu não o tinha reconhecido na festa, e pior que foi isso que ele falou mesmo. Eu vi acenarem na minha direção, mas pensei que na real fosse pra alguém atrás de mim. Eu tô basicamente andando sobre ovos aqui, tenho medo de fazer qualquer coisa e ser visto como esquisito demais, por causa de diferenças culturais.
Agora me diz: como eu ia adivinhar que no meio de um tanto de gente bêbada se jogando pra tudo que é lado dançando, o cara tava me esbarrando pq queria se aproximar? kkkkkkk
Aí me ensinaram uma lição: aqui as pessoas tentam se aproximar se esbarrando em vc, pra começar tudo a partir de um "Sorry". E eu acostumado com as trocas de olhares. hahah

Fora isso, o cara terminou me convidando pra assistir um filme na casa dele, que é aqui do lado de casa basicamente. Ele não faz meu tipo, mas como eu tô passando pela fase de "captação" de novos amigos, eu disse "Desde que assistir filmes não signifique fazer sexo para os dinamarqueses, eu topo" e fui ver o filme. hahaha
O cara é loiro e com um olho azul lindíssimo, mas tem outras características que me desatraem. Então eu sigo "caminhando sobre ovos" com medo de fazer ou falar qualquer coisa que faça eu perder qualquer possível oportunidade de virar amigo dele.
Super foreveralone eu, né. Mas faz parte do ciclo hahaha

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Meu primeiro meeting do CouchSurfing, população idosa, mictórios masculinos expostos e um monte de gringo de tudo que é lado

- Hoje foi meu primeiro dia de trabalho. Fui super bem recebido. Um dos meus colegas de trabalho é um negão dinamarquês (ééé, tá vendo que massa? são raros negros por aqui e eu serei colega de trabalho de um deles :D) lutador de MMA; o outro é um russo que já mora aqui há uns 12 anos, tem minha idade e já é casado hashaushaus; e o terceiro, que está de licença maternidade e não conheci ainda - já viveu por um ano no Brasil, mas isso há uns 10 anos atrás. Além do dono da empresa, claro, que é dinamarquês e aparentemente é do tipo nerd, tranquilo e divertido. =)
- Os dois colegas de trabalho rodaram comigo pela cidade pra me ajudarem com os documentos que eu precisava correr atrás (imigração, conta em banco, etc); e um deles até me comprou um saquinho de café dos melhores que tem por aqui (disseram) moído na hora.
- Fui pela primeira vez a um encontro da comunidade do CouchSurfing local, e tinha mais gente do quê qualquer um esperava. Fomos fazer um picnic num dos shows que rola às quintas-feiras de graça por aqui, na (aparentemente) principal praça da cidade






- Ganhei um celular da empresa hoje, e tava tirando essas fotos já aproveitando pra testar a câmera. É meio raro ver gente mexendo ou falando no celular, ainda mais raro tirando fotos de coisas do "dia-a-dia" como eu tava fazendo. rsrs Talvez eu isso até os incomode, por isso não tenho tirado mais fotos. Deixa eu entender melhor as coisas por aqui com o tempo, e descolo mais fotos. rsrs
- Não pude acreditar no tanto de mulheres que havia na praça. Acho que tem 20 mulheres pra cada homem aqui.
- A única viatura de polícia que vi (é raro vê-los, parece que acabam não sendo muito necessários por aqui rsrs) tava cheia de policias quase idosos. A população de fato é maioria idosa, e nisso você acaba também vendo lixeiros, aparadores de grama e tudo mais, com a idade dos seus pais ou avós.
- Não pude acreditar também nos mictórios masculinos daqui. Estou pasmo até agora por saber que até no primeiro mundo as pessoas ainda não consideram que homens possam sentir necessidade de cagar (cof, cof, desculpa a palavra. kkkk) e que nem todo homem se sente à vontade mijando nesses coxinhos um do lado do outro. E no show ainda tinham uns mictórios ainda mais expostos, no meio de pessoas de todas as idades, gêneros e etc. Enquanto isso, mijar nas árvores ou cantos de rua aqui dá multa e das caras!

Achei essa foto num site, e o que tem por aqui é basicamente a mesma coisa. Só pensa um tanto de gente em volta. rsrs
 - Conheci estudantes de vários países (Polônia, Bulgária, Bélgica, França..) que estão estudando aqui em Odense através do famoso Erasmus (programa de intercâmbio para universitários europeus estudarem um tempo em outros países europeus, pelo que sei até o momento). E depois do encontro do CouchSurfing, fomos todos pra um bar chamado Barracuda, pq tem entrada e bebidas grátis lá todas as quintas de 22 às 23h. Só que a bebida é basicamente gelo e suco (ou refrigerante). Puro truque, fiz vira-vira em uns 5 copos de bebida junto com o polaco e saí mais são do que entrei. rsrs


Então hoje já dei mais um passo na minha vida nova começando o trabalho, indo a eventos da cidade, conhecendo gente que vem de vários países vizinhos pra estudar nas universidades daqui, e novamente aprendi e me choquei com algumas coisas. rsrs

Volto después! smack

quarta-feira, 31 de julho de 2013

TV de dinamarqueses jogando futebol e os dias claros que duram 20 horas agora no verão!

Lembra da janela do meu quarto? Eu fico aqui no PC e tenho essa TV ao vivo cheia de boys dinamarqueses jogando futebol. hahah






Janela do meu primeiro quarto na Dinamarca.

Vou lá dar um close falando que sou do Brasil, eles vão falar "Neymar!!" e eu vou falar "Yesss" só pra virar amiga.

Agora são quase 19 horas, e olha a claridade. Essa época que é verão, aqui só vai ficar escuro totalmente entre 22 e 23 horas. Doido, né? E daí quando for 4 horas da manhã já volta a ser dia de novo.

Sei que esse post não tá sendo muito relevante, mas é só pra eu já postar uma primeira foto pro povo do lado de lá do oceano ver que tô de verdade abrigado por aqui.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Regalias trabalhando numa empresa na Dinamarca que eu nunca vi pela América do Sul

Ok, mais histórias (longo texto) sobre as coisas diferentes aqui do interior da Dinamarca em relação ao que eu tava acostumado pela América do Sul. É muita coisa, só pros interessados mesmo. rsrs

Conheci a empresa onde vou trabalhar hoje.

- Quase caí pra traz ao ver todo mundo (inclusive meu chefe) trabalhando de bermuda e chinelo nesse calor do hell. Enquanto eu me torrava naquele look de trabalhador caretão que me obrigavam a ter no Brasil: de camisa com manga, calça e tênis.
- Terei no meu computador dois monitores, só pra mim, GIGANTES pra trabalhar. Ganhei um smartphone da Nokia todo moderninho com Windows Phone (eu escolhi) e um tablet. Na cozinha tem comida, refrigerantes, sucos, cerveja e ATÉ sorvete pra essa época do ano. Tudo grátis e à disposição. Se eu achar que tá faltando algo, é só eu anotar na lista que fica na porta da geladeira.
- Saímos pra almoçar num lugar caro, pedi inocentemente um sanduíche que dizia "200g" e descobri que esse era o peso APENAS do hamburguer dentro dele. Fora isso, veio acompanhado de muita batata, e eu não dei conta de comer basicamente nem a metade. A conta deu uns 50 reais. O chefe pagou tudo.
- Fui guiado por colegas de trabalho pra cuidar das minhas documentações e conta em algum banco local. Além disso, eles também já me fizeram (só que não) a gentileza de falar com umas garotas que conhecem que "Esse é nosso novo colega de trabalho. Se conhecerem alguma garota disponível, apresenta". No fim, um dos colegas ainda me comprou um café daqui moído na hora. E era caro.
- Já começaram a fazer planos pra gente ir no zoológico da cidade no final de semana, e depois um churrasco de boas vindas na casa do chefe.

Claro, muito provavelmente o santo é bom demais pq é pra eu desconfiar. kkkkkkkk Vamos ver o que será do futuro.



Consegui tirar essa foto lá sem ser muito da roça. rsrs


Fora isso...

- Reencontrei uma outra menina que conheci esses dias e dei um beijo no rosto dela. Agora tenho que enviar uma mensagem pedindo desculpa, pq foi um encontro tão inesperado que agi automaticamente, mes esquecendo que não tô no Brasil.
- Conheci a primeira pessoa que incrivelmente não fala nem uma palavra de inglês. E é justamente uma das pessoas que moram na casa comigo. Aí foi hora de eu falar a única frase que aprendi até agora com a ajuda do Google Tradutor: "Jeg taler ikke danske" (Eu não falo dinamarquês).

Basically é isso. Tô adorando isso de ir a todos os lugares só caminhando - a cidade é pequena e eu ainda moro meio que no centro.

Estranhando alguns comportamentos e leis locais na Dinamarca. Será que tomam banho aqui no inverno?

Eu não consegui entender ainda as pessoas daqui ficarem paradas na calçada esperando o sinal do pedestre abrir pra poderem cruzar em uma rua onde não tá passando nem mosca. Ainda me disseram que se a polícia pegar vc tem que pagar uma multa de uns 200 dólares. Vou ter que me tornar uma pessoa mais paciente pra dar conta. Ou vou atravessar enquanto as pessoas estão paradas esperando e se um policial vier falar algo eu me passo de gringo desinformado. hahahah

E durante o inverno também quero ver como vou tomar banho com esse chuveirinho mais truqueiro do planeta, que tem aqui na casa. rsrs
Tô suspeitando que o povo aqui não toma banho, ou então eles são MUITO corajosos. kkkkkk

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O primeiro dia e a primeira carona do bom e velho Leo Carona... na Europa! :)

ok, PEGUEI MINHA PRIMEIRA CARONA NA EUROPA. kkkkkkkkkkkkkkk

Saí com um brasileiro que vive aqui pra tomar umas cervejas. Tô com medo da minha grana não dar pra eu me segurar até receber meu primeiro salário, então se eu saí pra tomar cervejas que aqui são caras - sim, é porque eu não as ganhei. :)

E apesar de eu ter sido bem orientado de como voltar pra casa, eu me perdi. achei uma lanchonete, entrei e fui num cara atrás do balcão:

- Hey, do you speak english?
- Yes.
- Do you know where is Heltzengade... the street?

Ele não entendeu eu falando o nome da rua erradamente. Então escrevi pra ele. Ele disse:

- I can drive you over there. ("eu posso te levar até lá")

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK


Desci na porta de casa.

Minha nova casa, as primeiras compras, as primeiras conversas e meu primeiro momento sozinho no norte europeu

Estou arrepiado aqui no meu novo quarto.
A garota da AIESEC me trouxe finalmente pra minha nova casa. A senhora que vai me alugar o quarto é super gentil e amável, o quarto é gigante e TODO mobiliado. A minha janela é de vidro transparente e tem vista pra rua e pra um um campo de futebol imenso do outro lado. Tudo me parece demais pra mim, eu não esperava mais do quê um quartinho com uma cama de solteiro. Tô de cara.

Fui fazer compras com a garota da AIESEC pra ela me auxiliar com preços e o que é típico que eu poderia comprar. Tô com 4 garrafas cervejas na cervejas na geladeira ali :)

Bati um pouco de papo com a dona da casa sobre o Brasil. Por enquanto tô falando mais mal do quê bem sobre o Brasil e agora que me dei conta. Falei das pessoas morrendo em filas de hospitais, que o Brasil tem muita grana e potencial e altos impostos mas que nosso governo desvia. Falei dos presentes manifestos contra todas as merdas, criminalidade, transportes públicos caros e lotados, e etc. Agora que me dei conta que não falei das praias, coisas lindas, pessoas amáveis, e etc. Faz parte do processo de mudança.

Os papos até agora foram breves e eu terei muito tempo pra falar mais das lindezas da América do Sul. A garota da AIESEC acabou de ir embora e eu tô aqui no meu novo quarto sem camisa de tanto calor, e só esperando as cervejas gelarem. Preciso descobrir alguma forma ou lugar de fazer amigos por aqui. haushaush

domingo, 28 de julho de 2013

Acordando pela primeira vez.. na Dinamarca!

13h. acordei, cansado e todo dolorido de tanto carregar mochilas tão pesadas pra cima e pra baixo, fui olhar minha cara de derrota no espelho e no fundo tinha e um lugar totalmente desconhecido e diferente pra mim. Aí eu lembrei que na hora que aparecer alguém, eu tenho que falar inglês, que é melhor já estar pensando em inglês nessa hora pra não me embolar muito ao abrir a boca.






Ok, já apareceu alguém por aqui me dando um típico pãozinho preto daqui de café da manhã. Bora ver lá fora com luz do sol e uns 40 graus Celsius segundo a previsão (verão é bem quente viu! só não dura quase nada).
Let's shop

A saga pra chegar da capital até o interior da Dinamarca e as primeiras diferenças culturais observadas

Meu Zeus, que saga chegar aqui!

De ontem pra hoje:
- 5 novos contatos de pessoas que moram por várias partes da Europa que me disseram que se eu precisar de qualquer coisa é só ligar vieram pra minha agenda :)
- O meu passeio no trem pra vir da capital pro interior foi uma loucura: desde um carinha gatíssimo me secando sem parar até vir me dizer que eu pareço o Frodo, até uma latinha de cerveja ganha de um cara de uma das duas turmas de jovens bêbados que pegaram pra conversar cmg também pra dizer que eu pareço com o Frodo e depois pra tentar falar do Brasil
- Cumprimentei as três primeiras pessoas que conheci dando abraço (e tbm beijo no rosto das mulheres) depois perguntei pra elas e me confirmei que isso que fiz é algo estranho por aqui hauhauh vou me informar mais do que não é comum por aqui mas é no Brasil, pra eu não virar um ET demais.
- Erramos a decida do trem e tivemos que pega-lo de volta. Íamos chegar tão tarde na casa da mulher que vai me alugar um quarto que a menina que foi me buscar na capital ta tendo que me abrigar por essa noite rsrsrs
- Ta calor pra porra, até agr em plena 3h da madrugada
- Eu não entendo nem um "a" de porra nenhuma que falam cmg, mas só respondo "sorry" que basicamente todo mundo consegue trocar a frase pra inglês e fica de boa pq o sotaque deles em média é bem fácil de entender. quase todo o país fala inglês, além da língua local
- Já tomei duas latinhas de cerveja daqui, e digo o mesmo que eu disse pra mulher da lanchonete do aeroporto: tudo quente! tô fudido pra me adaptar a isso hauhauh
- O sol foi se por já eram umas 10h da noite
- Vi pouca coisa ainda, mas a arquitetura e espaços entre uma casa e outra são bem diferentes do Brasil (a óbvia né? tô do outro lado do mundo)
- Vi um inseto voando! Tô louco querendo ver mais! (aloka da roça que se empolga a ponto de achar que tem muito inseto de outro planeta pra esses lados de cá)

Comecei a ficar um pouco excitado com tudo isso, mas a menina que foi me buscar já disse que essas coisas foram muito atípicas, que em geral o povo é um pouco mais frio. Vamo ver, mas adorei a forma como as pessoas me trataram ao saberem das minhas condições e que sou novo habitante do país deles.

Do interior de Minas pro interior da Dinamarca, here is Leo. 




Balão A: Raul Soares, interior de Minas Gerais. Balão B: Odense, interior da Dinamarca, na ilha Fyn.

sábado, 27 de julho de 2013

Meu primeiro vôo internacional. 10 horas de viagem sentado ao lado de uma das irmãs da XUXA!

Então eu tava lá, umas 10 horas voando no meu primeiro vôo internacional, durante a noite, conversando com uma mulher suuuper faladeira, loira, de olho azul, nariz bonitinho e gaúcha que vive em Barcelona há 33 anos.

Aí quando fomos desembarcar em Paris, ela me convida pra visitá-la em Barcelona e diz pra eu entrar em contato, caso precisasse de alguma coisa por aqui. Fui anotar seu e-mail, e juntando a palavra "Meneghel" que estava no endereço, mais o fato de ela ser gaúcha, ter o cabelo, o olho e o nariz IDÊNTICOS ao da Xuxa, eu disse:


- Pera. Com o que vc me falou de você e pelas suas características e sobrenome... Você é parente da Xuxa? rsrs

E ela:

- Sim.. irmã mais velha.

Hahahahha
E como todas as minhas viagens, essa também já começou com super surpresas. :)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Anúncio de partida. Do interior de Minas Gerais, para um intercâmbio no interior da Dinamarca

É mais ou menos assim que eu deixo a América do Sul hoje, 26 de julho. Agora é hora de explorar outro continente. ¡Besos, sudamerica!




Pra quem tá caindo aqui de paraquedas: eu sou o Leo, ou Leo Carona, basicamente 95% desses pontos marcados nesse mapa são de lugares que eu visitei desde meus 18 anos viajando de carona sempre que podia pela América do Sul. Assim acabei conhecendo muita gente por lá, fazendo muitos amigos e "entrando" pra várias famílias.

Agora resolvi abrir o leque e cair num estágio de um ano e meio que consegui através da AIESEC. Acabou que passei em um estágio pra uma empresa pequena no interior da Dinamarca, e comecei a correr atrás dos papéis e devidas permissões pra viver no país. (nota: AIESEC é a maior organização de intercâmbio composta por pessoas que trabalham voluntariamente pelo mundo a fora. eles ajudam universitários ou recém-graduados, como eu, a conseguirem algum estágio em suas áreas (ou não, fica a critério da pessoa), onde podem optar por serem remunerados ou não. Eu optei por fazer estágio na minha área, e vou trabalhar como programador de aplicativos pra celular e websites - remunerado com uma quantia que não é muito nem é pouco, mas dá pra sobreviver de boa.

Antes de me embarcar pro país, não me preocupei muito em saber sobre a cultura nem quase nada nesse lugar. Verifiquei mais a questão de se meu salário iria dar pra eu viver sem sufoco e se o lugar onde o pessoal da AIESEC local encontrou pra eu morar era próximo ao meu trabalho. Eu quis me jogar sem esperar nada, pra ver no que dava. As histórias do que eu ver de mais diferente por aqui durante o meu dia a dia eu vou ficar contando aqui nesse blog. Tanto as diferenças do que eu ver sobre como é trabalhar aqui que sejam diferentes do que já vi pela América do Sul, quanto as diferenças entre como é viajar de carona pelos países daqui em comparação ao que eu já vivi nesses meus 7 anos de esporádicas experiências pedindo carona.

Tenho 25 anos, vim sozinho na cara e na coragem. :)

Algumas canções de viagem, saudade, Dinamarca... que me enviaram no dia em que parti

Só porque eu queria deixar registrado... algumas músicas que me enviaram no dia que parti do Brasil :)
Na verdade, provavelmente pra vcs não vai significar nada. :P


Get To Denmark - Mallu Magalhães



 (Não entende nada que ela tá cantando? Clica aqui pra tradução.)


Essa musica me lembra vc (além de vaaarias outras)... Te amo, mineirim <3

Mensagem de Amália/Pira (uma amiga-mãe que eu fiz durante minhas viagens caronando pelo sul do Brasil há anos).


Sintomas de saudade - Marisa Montes




Leo,
Eu tentei gravar um vídeo cantando, mas não consegui chegar nem na segunda estrofe sem desabar chorando...
Eu tentei fazer um clipe com uma coletânea de fotos, mas a burrice tecnológica não me permitiu sequer baixar um programa pra isso...
Então, fica aí só com o clipe da música e presta atençao na letra...
TE AMO MUITO e te desejo tudo de melhor no mundo... MEU FILHO...
Que todas as boas energias do universo estejam em seu caminho... Que seus passos continuem sendo guiados por elas...
Que onde você passe, você leve contigo o amor e o carinho de todas as pessoas que tiveram oportunidade de te conhecer e se apaixonar por vc...
E que fique rico logo pra poder mandar minha mesada em moeda estrangeira!!!
Sucesso sempre!!!
TE AMO (já disse isso)!!!
Mensagem de Leticia (irmã mais velha, rsrs)


Concreto e Asfalto - Engenheiros do Hawaii 





Leo, essa é pra você! E agente fica aqui tentando fazer o coração entender...
Coração apertadinho de saudade antecipada. Mas também muito alegre por mais esta conquista sua. Vai que o mundo é seu, mas com a certeza de que aqui você tem um porto seguro. Torcendo muito por você. Te amo!
Mensagem de Lidiane (segunda irmã mais velha, rsrs elas me matam se lerem eu usando esse termo)